Duas almas
uma que ama a vida e sua inconstância;
e outra, qual fera ferida,
que mescla a brevidade da vida
no sufoco que eventualmente sentimos.
A primeira dança ao som do vento,
que passa por dentro
e sacode tantos sentimentos desiguais.
A segunda, dinamismo áspero entre meus ódios secretos,
recolhe-se, em silêncio, no compasso da idade
e no sereno da dificuldade
que permeia nossos sonhos.
Eu sei que haverá,
em algum lugar dentro de mim,
um cantinho recluso em que as duas irão se encontrar.
Duas almas, eternamente distantes, unidas até o fim.
Mas, até lá, viverei amarrado no conflito incessante,
que enlaça meus pequenos momentos de paz
e permanece vivo entre meus medos mais sinceros.
- Hugo C. S. Lima - 08/08/14
0 comentários:
Postar um comentário