sábado, 30 de agosto de 2014

#48

Prosa


Tudo tem seu tempo
e aquele que com ele se entende
aceita suas lonjuras e seus devaneios
e acolhe-o como um filho
que um dia dele
talvez cuidará.

O tempo de viver
e o tempo de esperar
encontram-se nos corações amargos,
abertos pelo caminho,
que ainda vivem o amor
pelo amor
e esperam pelo clamor do destino.

Ninguém está imune ao tempo.

O que observo à distância,
tão longe e tão perto,
é uma doce e tenra inconstância
de algo perpétuo,
ainda que incerto.

- Hugo C. S. Lima - 30/08/14

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